O envelhecimento populacional é considerado a principal transformação social do século XXI, ao mesmo tempo em que é considerado um triunfo do desenvolvimento e uma das maiores conquistas da humanidade, pode acarretar sérias implicações econômicas, de saúde e sociais a longo prazo.

Dados da Organização das Nações Unidas (ONU) apontam que, atualmente, a expectativa de vida está acima dos 80 anos em 33 países. Projeções atuais apontam que esse número continuará crescendo de forma vertiginosa.

Estimativas apontam que, em 2050,  20% da população mundial será de idosos com 80 anos (400 milhões), o Brasil será o sexto país com maior número de idosos, com cerca de 38 milhões de pessoas.

Frente a este novo cenário surgem importantes desafios, afinal, à medida que a população envelhece, maior é a prevalência de problemas crônicos de saúde e incapacidades funcionais associadas.

Dentre tais problemas encontram-se as neoplasias malignas, que tendem a aumentar sua prevalência nos próximos anos, por isso a importância de falar sobre Oncogeriatria, campo da medicina que estuda o comportamento das neoplasias associado à fisiologia e características próprias do processo de envelhecimento saudável ou patológico.

A partir da oncogeriatria é possível identificar de maneira precoce os riscos e vulnerabilidades dos idosos, o objetivo é estabelecer as melhores estratégias terapêuticas de maneira assertiva e individualizada.

Desse modo,considerando que os idosos compreendem uma população bastante heterogênea, com amplas variações funcionais, cognitivas, nutricionais, além  do perfil de comorbidades e uso de medicações faz-se necessário avaliar o impacto gerado pelas alterações fisiológicas e psicossociais decorrentes do envelhecimento para cada indivíduo.

Essa avaliação permite que se detectem problemas previamente desconhecidos ou subdiagnosticados que podem interferir na segurança e eficácia do tratamento oncológico, reconhecendo, inclusive, situações nas quais os riscos do tratamento podem até exceder seus potenciais benefícios, como prolongamento da vida, controle dos sintomas e melhora da qualidade de vida.

Definir qual a melhor estratégia no tratamento oncológico para a população idosa implica em abordá-la em uma dimensão global, levando em conta a sua  expectativa de vida, reserva funcional, suporte social e decisões pessoais.

Assim, para possibilitar a disseminação desses novos conhecimentos em nosso meio, idealizamos o Oncogeriatria Brasil, espaço em que esperamos, verdadeiramente,  contribuir para a garantia do melhor tratamento possível com o menor comprometimento da qualidade de vida dos idosos com câncer.

Equipe Oncogeriatria Brasil

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